De cabeça no ar

Fez no dia 18 de Maio 21 anos que comecei a voar na TAP.
Quase metade da minha vida foi passada nas nuvens, mas como sempre me chamaram cabeça no ar não é novidade nenhuma.
Podia começar agora com aquele clichê de que foram anos maravilhosos, cheios de aventuras, onde conheci pessoas fantásticas e vivi experiências únicas, em destinos paradisíacos.... Chamem-lhe clichê ou não. Quero lá saber. Eu estava lá e vivi cada um desses momentos.
Também podia falar do outro lado da aviação. Também outro clichê: os Natais que não estive em casa, os aniversários, que não vi nenhum dos meus filhos a dar os 1°s passos, que houve muitas febres e joelhos esfolados que não tiveram o meu colo. Mas garanto por experiência própria , que todos os anos tive Natal (às vezes não é no dia 25 de Dezembro), todos os anos faço anos (se bem que este ano estou a ponderar não contar) e os meus filhos nunca deixaram de ter colo (até chegam a ter mais colos). São 21 anos de passou-bem a pax que adoraram a viagem, que são fãs da Tap ou que estão felizes por ouvir a lingua de Camões.
Há despedidas com abraços e beijinhos de colegas que acabámos de conhecer, mas que as horas passadas dentro dos aviões nos fazem sentir que nos conhecemos há uma vida.
São 21 anos a beber café de avião feito com água dos porões, 21 anos a comer da cocotte á porta do lavabo, com passageiros a passar para a frente e para trás. A usar as mantas  e a casa de banho do avião. A dormir em hoteis e a comer em restaurantes ou botecos de rua com ar duvidoso. 21 anos a adormecer a horas que são de acordar e a acordar a horas que são para adormecer... Acho que perante este cenário estou imune a qualquer coisa. Não há Covid19 que me pegue. Aliás se eu fosse o Covid tinha cuidado comigo, que ainda apanha Andreia21.
#tapairportugal #escolhivoar #aespalharmagia

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Comentários

  1. Como foi o primeiro dia a trabalhar na TAP,?

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  2. Lembro-me de ter sido um voo para Londres. Estava super nervosa mas com imenso entusiasmo. Aliás, é o mesmo entusiasmo que ainda hoje tenho de cada vez que uso a farda.
    Adoro o que faço. Nem sequer é ir trabalhar, é ir voar 😉.

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